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Divino Patrimônio de Santa Catarina


A Festa do Divino realizada pela IDES no Centro de Florianópolis desde 1776

é Patrimônio Cultural Imaterial do Estado


(Foto de 1900, imagem mais antiga pertencente aos arquivos da IDES)

Em janeiro, a Irmandade do Divino Espírito Santo recebeu uma das suas melhores notícias ao longo dos seus 244 anos de existência. O Conselho Estadual de Cultura, após análise do processo SGPe: FCC 1367/2017, realizada nas sessões dos dias 05 e 12 de dezembro, emitiu Parecer onde, “através das provas cabais contidas nos autos”, recomendou o registro da Festa do Divino Espírito Santo da IDES como patrimônio imaterial catarinense. O registro foi concedido definitivamente após o prazo para manifestações em contrário, que foi até o dia 27 de dezembro de 2018. Como não houve nenhum questionamento, Santa Carina possui, agora, dois eventos considerados Patrimônio Imaterial. O primeiro foi a Procissão de Nosso Senhor dos Passos e, agora, a Festa do Divino da Irmandade do Divino Espírito Santo.


(Festa do Divino 1926)

A decisão foi unânime, sempre ressaltando o “profundo embasamento originário de uma pesquisa histórica, mostrando que a Irmandade do Divino Espírito Santo de Florianópolis foi instituída em 1773 e reflete as tradições da cultura dos povoadores açorianos da Ilha de Santa Catarina”. Além disso, é destacado que “a manifestação ocorre não apenas em Florianópolis, mas também em dezenas de outros municípios catarinenses, expondo seu caráter relevante para a cultura de nosso Estado”.


( Festa do Divino 1978)

A deliberação da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura, presidida pelo Professor Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, está “fundamentada na pesquisa histórica” que ratificou a relevância do registro desta manifestação cultural e deu embasamento ao registro. É de se registrar o máximo empenho da citada Diretoria do Patrimônio Cultural na acurada análise do Processo. A partir de agora, a Festa do Divino, também chamada de Divina Festa da IDES, estará inserida no Livro das Celebrações, conforme dispõe o Decreto Estadual 2.504/2004.


(Festa do Divino 2016)

É considerado um dos eventos religiosos cristãos mais importantes, dentre muitos praticados no Estado. As tradições açorianas como a Festa do Divino, que estão presentes em nossa cultura até hoje, chegaram com os povoadores portugueses, entre os anos de 1748 e 1756. A Irmandade sempre manteve, como período de celebração da Festa, o Dia de Pentecostes, que se dá exatamente cinquenta dias depois do Domingo de Páscoa e a sete dias da Ascensão do Senhor. Neste dia de Pentecostes, ocorre o Cortejo Imperial com a coroação do Imperador, figura essencial em todas as Festas do Divino, e a missa solene da coroação. A IDES mantém, em seu acervo histórico, coroa e cetro que datam de 1774, trazidos diretamente dos Açores e que são utilizados na liturgia da festa, desde 1776.


(Provedor Ademar Arcângelo Cirimbelli com Cetro e Coroa trazidos em 1774 dos Açores - Festa do Divino 2017)

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